Jovens que lutaram para mudar a indústria da comunicação em 2017

Papel & Caneta
4 min readDec 22, 2017

Todos os anos a imprensa destaca líderes e campanhas que marcaram o ano. No entanto, ser um exemplo que marcou o ano não significa dizer que necessariamente eles criaram um impacto positivo na vida das pessoas e dos profissionais do mercado.

A verdade é que, em uma indústria que adora prestigiar quem está no topo ou apenas quem é super premiado, é preciso começar a destacar os jovens que estão lutando para abrir portas por novos caminhos todos os dias. Sem salários milionários e trabalhando dia e noite em agências ou projetos paralelos, eles se desafiam para encontrar tempo e mostrar que — mesmo em uma rotina tão acelerada — é possível criar iniciativas independentes que promovam mudanças reais. E é exatamente disso que a gente precisa para acreditar que 2018 pode ser realmente diferente.

www.bonde.nyc

Felipe Rocha e Leo Porto

Designers brasileiros que atualmente moram em NYC. Este ano eles criaram o BONDE, a primeira conferência para celebrar o design brasileiro em Nova York. Através deste evento, eles reuniram nomes da indústria criativa do país para mostrar o talento e a diversidade do Brasil.

Spartakus Santiago

Jovem publicitário com mais de 215 mil seguidores em seu canal no Facebook, Spartakus Vlog. Semanalmente ele produz vários vídeos com o objetivo de aumentar o entendimento sobre questões importantes na internet, como racismo e LGBTfobia. Negro, nordestino e LGBT, ele atualmente usa sua voz em prol de diversidade e inclusão na indústria.

Lara Thomazini

Começou sua carreira em Salvador, é ex-planejadora da DM9 e recentemente, junto com o Ken Fujioka e a Ana Cortat, ajudou a construir e estruturar uma pesquisa sobre assédio sexual e moral no mercado de comunicação de SP que, em Novembro, foi lançada pelo Grupo de Planejamento do Brasil.

Juliana Matheus e Verônica Merege

Estrategistas da R/GA e fundadoras do Jovens Planners, plataforma que inspira jovens de todo o país que querem se tornar planejadores, mas não sabem o que ler ou como dar o primeiro passo. Ou seja, diante de uma realidade em que muitos não tem condições de viajar ou trabalhar em São Paulo, elas democratizam o acesso fazendo quem está longe se sentir perto.

Maria Guimarães

Redatora da Cubocc e co-fundadora do 6510, consultoria cuja missão é mudar o papel da mulher na publicidade. Este ano, ela foi uma das responsáveis por lançar o projeto Mulheres Invisíveis, um banco de imagens apenas com fotos de mulheres negras, idosas, lésbicas, trans e gordas para romper com os padrões estéticos dos bancos de imagens convencionais.

Ariel Nobre e Gustavo Bonfiglioli

Cansadxs de apenas ver diversidade no casting das campanhas, Ariel e Gustavo criaram a Pajubá Diversidade, uma consultoria com o conceito de diversidade estrutural para ajudar empresas a tratar do tema em suas estruturas internas. Tão importante quanto realizar ações em campanhas é preparar a casa para receber pessoas pertencentes a grupos vulneráveis.

Erick Mendonça, Julia Hodgkiss e Andriws Vilela

Erick é redator da CP+B, Julia é supervisora de planejamento na DM9 e Andriws é diretor de arte na África. Os três são idealizadores do Tapa no Portifa, projeto que conecta mais de 150 publicitários de grandes agências para que cada um deles ajude jovens brasileiros a construírem seu próprio portfólio, seja por email ou um papo rápido pelo menos 2 vezes por mês.

MOOC

Coletivo formado por 8 jovens da periferia de São Paulo que, durante o ano, assinaram filmes para grandes marcas como Bradesco, Skol, Converse e C&A. Foram destaque na edição de Maio da revista ELLE e, além disso, deram palestras sobre diversidade em agências como F/Nazca, R/GA e FCB. Atualmente, fazem parte do casting de diretores da Conspira.

Conhece mais jovens que estão conduzindo projetos independentes para iluminar um novo rumo dentro da indústria da comunicação? Envia um email para andre@papelecaneta.org

André Chaves é a mente por trás do Papel & Caneta, coletivo sem fins lucrativos que conecta líderes globais e jovens expoentes de diferentes agências de propaganda do mundo para que eles possam se unir e trabalhar ao lado de ativistas em causas sociais.

Hoje, com destaque em plataformas e publicações como Fast Company, Attn, GOOD, Afropunk e PAPER, o projeto representa um ato de empatia e compaixão em uma indústria que ainda é tão movida por competição.

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Written by Papel & Caneta

Papel & Caneta is a nonprofit collective consisting of leading creatives who work with activists to create empathy for overlooked or unfairly judged communities

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